Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e
imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de
um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se
para transportá-lo. Era um barqueiro.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de
dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada
remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas
palavras.
Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir.
Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais
dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda
força.
Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao
mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das
águas do lago, chegando calmamente à outra margem.
Então, o barqueiro disse ao viajante:
Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que
desejamos atingir.
Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida,
é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma
intensidade: agir e acreditar.
Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso
também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa
meta.
Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as
ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a
maré.
* * *
Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma
estratégia: a não-violência.
Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de
sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.
* * *
Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de
Calcutá. Acreditou e agiu, superando a meta inicial, socorrendo pobres do mundo
inteiro.
* * *
Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade
grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender aos nativos, no
mais completo anonimato.
* * *
Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só
acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção
particular.
* * *
E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?
Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em
círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.
Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e
acreditar.
* * *
Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere
alguns pontos:
- Verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade
de terceiros;
- Se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do
orgulho, do ódio;
e, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo
ácido do egoísmo.
Depois de tomar todas estas precauções, siga em frente e boa viagem.
* * *
Extraído da: Redação do Momento Espírita, com base em texto veiculado pela Internet,
atribuído a Aurélio Nicoladeli.
Em 11.10.2010.
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